Correu a sete bocas uma estória contada por traquinas na casa de Dona Sinhá, que Lampião, cabra da peste, mais conhecido como Capitão Virgulino, o tal Rei do Cangaço, esteve por aquelas bandas armado até os dentes, filho de uma rapariga ainda levava estampado nos documentos o nome de nossa família, Ferreira e também o Silva, mas acredito que nem tetra-primos era ele de meu tetra-avô.
Meu primo Arestides que agora encarnou de vez o Antônio Conselheiro me disse com voz grave Ramalhiana...
...“...sobre a história de Lampião, não teve e jamais teve contato com nossa família nem dos Pereira e nem dos Ferreira, a história que meu pai contou foi que Lampião chegou na Fazenda do Estado passando no Seremão e foi direto para o Paiaia, agora Antônio Conselheiro sim, inclusive foi compadre de sua bisavó Joana Pereira....”
E cá estava eu a imaginar tiros de espingarda por toda parte, cachorro correndo e ganindo pelas ruas de areia, a mulherada fechando as janelas escondendo seus moleques debaixo da mesa da cozinha e o magricela do João Grilo tocando sua gaita encantada na pracinha.
TEXTO: Prof. Tadeu Almeida,2020.
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